Premonição...

Juro que não sabia o alinhamento do Jornal da TVI, mas uma das notícias de hoje foi o caso de um burro que violou uma vaca. Pior do que isso: o nome do burro era "Santo Pecador". Minha Nossa Senhora.


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Milk Shake



Um desaguisado conjugal é perfeitamente normal. A vaca quis libertar o peso da responsabilidade de amamentar o lar que proporcionou e aperaltou-se para a noite, que ainda era um vitelo. O boi é que não foi nos mugidos e quis saber com quantas limas se afiam os cornos. Ouve lá minha vaca, onde pensas que vais tu toda empiriquitada?
Um carregado baton vermelho rosa apurado delineavam os beiços do potentoso mamífero, pestanas bem feitas num rimel preto bem forte davam um ar de fragilidade à fêmea do boi que, atento à imagem da esposa reflectida no espelho, ia fazendo contas à vida. Espera lá! Mas o burro ainda agora passou por mim de laço ao peito... pensou o macho já a bufar pelas fossas nasais. Achas-me com cara de burro, grande vaca? Atirou ele, longe de imaginar a resposta do seu focinho-metade. Não, mas bem que podia ter. A cara e não só! Foram autênticas vergastadas no ego. Preferia puxar cem pipas de vinho, cheias, por dia, a ter de ouvir aquilo da progenitora dos seus rebentos.
Moído nos seus pensamentos, nem deu conta da saída da sua vaca, tendo só tempo de ver pela janela um táxi de porta aberta para a levar às luzes psicadélicas das bolas de cristal.

Nem foi preciso trazer chocalho ao pescoço para fazer notar a sua entrada na pista de dança. De malmequer cravado na cremalheira, encosta-se ao balcão e pede ao barman uma marguerita estupidamente abusada no sal. MIMOSA grita um burro janota de laço ao peito e crina penteada à esquerda. A vaca sorri ligeiramente, sem arreganhar a tacha, mas aquela noite estava marcada pelo infortúnio. As ferraduras tinham ficado em casa e o touro era o amigo de serviço do macho traído. Imagine-se: foi um verdadeiro cú de boi. A porca torceu o rabo. Uma pega de caras e ninguém conseguiu segurar os cavalos.

(to be continued)


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Mastiga e deita fora

Escândalo nacional, ou nem por isso, quando Paulo Portas foi apanhado a mascar pastilhas elástica nas comemorações do 25 de Abril, pelo que pude ler na crónica de hoje da Tereza de Sousa, no Público. Para além de fazer parte de um quadrante político que quer, a todo o custo, fazer esquecer tão glorioso dia para Portugal, quer parecer-me que o ministro de Estado e da Defesa faz parte da geração que não sabe o que esse dia significou para o SEU país.
Nada me espanta, se tivermos em conta que, segundo as previsões de Luís Delgado, esse iluminado jornalista pró-americano, no ano de 2024, o 25 de Abril será apenas e tão só um «feriado primaveril». «Ainda bem», acrescentou essa grande referência da Comunicação Social portuguesa.
Juntando o útil ao agradável, direi que a sociedade portuguesa fará com estes senhores, o mesmo que aconteça à pastilha elástica: mastiga-se e deita-se fora quando perde o sabor. O problema é que os portugueses pensaram que dali vinham algum paladar.


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Uma marca de prestígio


Dia da Terra

Já não sei muito bem onde e quando foi que li que o Google tinha ultrapassado a Coca-Cola em termos de notoriedade de marcas a nível mundial. Uma coisa destas não se consegue sem, realmente, ser-lhe reconhecido o mérito. O maior motor de busca da Internet é, de facto, um caso sério. Na celebração de datas mundialmente conhecidas, os criativos do Google têm sempre uma forma muito particular de a comemorar.
Tenho que começar a fazer alguma coisa por isto. Espectáculo!


Dia dos Namorados



Aniversário de Hitchcok


Dia do Pai


Dia da Mãe


50º Aniversário da descodificação do ADN


Aniversário de Michelangelo


Aniversário de Picasso


Centenário do Prémio Nobel da Paz


Aniversário de Monet

E por aí fora. Os restantes podem ser consultados na lista dos links.


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Pedido irrecusável



A minha mulher pediu e eu acedi. Vamos pedir a nacionalidade francesa e fixar residência nas "Iles de la Société". Estava a pensar no Tahiti, um pouco relaxados (apenas com relativa preocupação devido aos tufões na zona), e quando quisessemos ir à compras sempre podíamos apanhar o barco até Bora Bora. Bora? Bora lá!
Está melhor? Penso eu de que..SIM

Os nossos amigos até iam gostar de nos ir visitar. E passar lá umas temporadas.


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Valentim Loureiro de volta ao xadrez



Piada de mau gosto, podeis dizer, mas não caí no humor fácil e pi(a)desco. Afinal, um tipo que sempre proclamou, do alto do seu pulpito, que devia acabar-se com a suspeição no futebol português, não devia cuspir tanto para o ar. É que, nestas coisas, quando menos se espera, enquanto se assobia para o ar, a escarreta (blagh, que expressão nojenta!) pode cair mesmo no meio da testa. Et voilá! A PJ investigou e chamou-o a depor.
Não sou a favor da justiça popular antecipada, mas há coisas que são difíceis de contornar. Quem é que não olha para o homem senão com olhos de condenação antes do julgamento? Muitos dirão: até que enfim que se fez alguma coisa e que não se ficou só em levantamentos estúpidos de suspeições; outros dirão: como foi possível o Governo ter deixado escapar este tubarão? Outros ainda dirão (talvez a maioria): então e o Pinto da Costa?

Eu digo:
1) O João Loureiro pode dizer adeus a um lugar nas listas ao Parlamento Europeu pela coligação
2) Hermínio Loureiro, secretário de Estado do Desporto, deve estar em casa, incontactável, a curar uma diarreia de origem nervosa
3) Seguindo o raciocínio lógico dos grandes nomes do caso Casa Pia, o major vai ficar em prisão preventiva para não se correr o GIGANTESCO risco de destruição de provas
4) Metade das figuras do futebol português vão dormir muito mal nas próximas noites
5) Se o Gondomar desportivamente conseguir subir à Liga de Honra e depois se provar (daqui a dois anos, quando for o julgamento) que houve mesmo corrupção já é tarde para honrar o esforço dos Dragões Sandinenses
6) A PJ também esteve na Câmara Municipal do Marco de Canaveses, mas o nosso conhecido Avelino Ferreira Torres está em parte incerta. Cá para mim vai fazer companhia à Fátima Felgueiras
7) Com o major e o seu vice-presidente presos e a vereadora-adjunta demissionária desde a passada sexta-feira, vai ser difícil arranjar quorum para a reunião de vereação que hoje deverá ter lugar nos paços do concelho gondomarense
8) Pinto da Costa deve estar a pensar que o melhor é reinar no FC Porto como os secretários-gerais do Partido Comunista na ex-URSS: quando eu morrer anunciam o meu sucessor
9) Maria José Morgado deve estar a serena, à espera que a convidem para o próximo debate televisivo para vir fazer mais umas previsões (ainda falta o branqueamento de capitais)
10) Durão Barroso deve estar a pensar: tirem-me deste filme. Eu queria, um dia, ser Primeiro-ministro, mas não era assim!


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Vou naturalizar-me finlandês



Uma notícia tem sempre várias perspectivas ou diferentes ângulos pela qual pode ser analisada. Mas há sempre uma verdade nua e crua que pode e deve ser denunciada à opinião pública. Por isso mesmo vamos, antes das análises, aos factos:

Facto 1 - Ricardo Teixeira, português - mais propriamente de Matosinhos - e de 20 anos, foi estudar engenharia mecânica para Birmingham

Facto 2 - Como era bom piloto de karting, decidiu tentar a sorte Fórmula 3 britânica, na equipa Rowan Racing, onde ganhou várias provas, incluindo Silverstone.

Facto 3 - Muito naturalmente, ambicionou a Fórmula 1 mas o patrão da equipa (Ray Rowan) perguntou-lhe pelos apoios.

Facto 4 - De Portugal, nem a Leitaria Garret quis nada com ele.

Facto 5 - O rapaz, por ter uma mãe nascida em Luanda, adoptou a nacionalidade da mãe.

Facto 6 - Isso custou-lhe o valente patrocínio da Sonangol, Petróleos de Angola e a porta aberta da F1

Chegados ao momento das considerações, até poderia achar-se de muito mau gosto trocar de nacionalidade por uma questão de interesse financeiro temporal. Mas a verdade é que cada um concretiza os seus sonhos da melhor forma possível e, neste caso, há também que lamentar a falta de "interesse" nacional numa aposta tão arrojada. Aliás, os angolanos até nisso parecem ter sido mais inteligentes. Não fizeram a coisa por menos: em Assembleia Nacional aprovaram o patrocínio ao míudo e prontificaram-se a construir um autódromo para, num prazo de três anos, ter a passar por lá o circo da F1. Publicidade ao tabaco? Não há problema! A malta lá também fuma e não se importa nada com isso.

Isto quer dizer que arriscamo-nos, daqui a três anos, a ter um Grande Prémio de Angola, com um português a correr com a bandeira de Angola pintada no monolugar. Não haverá de faltar gente a dizer que a culpa é do Marquês de Pombal, por não ter deixado espaço na baixa de Lisboa, para a construção de um autódromo, nas obras depois do terramoto de 1755.

De repente, veio outra ideia à cabeça. Mas, mesmo que Portugal quisesse apostar no míudo, quais seriam as empresas com dimensão internacional suficiente para pagar ou, no mínimo, subsidiar, parte da sua entrada na F1? Nem sequer me atrevo a referir nomes, pois não vejo ninguém com estratégia comercial suficientemente balanceada para o exterior e com interesse em aproveitar uma oportunidade como esta de se lançar.

Eu, por mim, vou naturalizar-me finlandês, pedir um patrocínio à Nokia e aventurar-me no próximo campeonato do mundo de Bob Sleigh. E como a Serra da Estrela não tem pistas, vou para a Serra Nevada. E não devo ter grande problema em conseguir a naturalização, basta dizer que acredito no Pai Natal e que ele vive, de facto, na Lapónia.


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Parabéns Titas!

Antes que batam as doze badaladas da meia-noite e a carroça transforme-se em abóbora e os cavalos em ratos, deixa-me estender o tapete vermelho e dar as boas-vindas à minha menina Titas, por mais um aniversário. Aqui estaremos para o ano a estender o mesmo tapete vermelho (sim porque para celebridades como esta, a cor nunca se esbota e está sempre luzidio, como é preciso nas noites de gala!) e deixar passar a estrela da companhia.
Beijinho doce, querida Titas.

E lembra-te: o mundo não é de quem o domina mas sim de quem o ama!


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