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quinta-feira, setembro 30, 2004

Vazio



Aguarda-se por melhores dias, dias de imaginação fértil.
Dias de satisfação pessoal e sorrisos solarengos.
Horas de prazer e vontade de escrever.
Minutos, sem precisar de os contar.
Momentos de depósito cheio.
Até lá, devagarinho para não acabar o combustível de vez.
É que a próxima estação de serviço ainda vem longe.



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sexta-feira, setembro 24, 2004

Puro engano



Alguém me pode explicar como foi possível o José Eduardo Moniz ter trocado a fescura da Lurdes Baeta pelo barrote do Henrique Garcia? Sinceramente, pá! A Quinta das Celebridades deve ter dado a volta nos pirolitos do chefe da TVI.
Não estava para falar nada sobre o assunto, mas fiquei podre quando vi um anúncio de página inteira n' "O Independente", com a careta do bicho, como a nova aposta para o Jornal da Uma e com a seguinte frase: "A experiência faz a diferença"

Meu caro Moniz (carta aberta em versão blogueira):
A diferença qualitativa entre os seus dois jornalistas está entre o Ártico e o Antártico. Entre a postura e a descompostura; entre o sangue novo e os vícios do tempo da D. Maria Cachucha; entre o futuro e o passado; entre a boa aparência e a impossibilidade de parecer melhor.
Não nos venha falar da "experiência que faz a diferença" pois o profissionalismo da rapariga bate aos pontos a experiência do senhor. Leve lá a carta ao Garcia e diga-lhe que as audiências vão aumentar, sim, este ano, na TVI, mas não é por causa dele: é porque vamos começar a levar com os compactos da Quinta das Celebridades nos noticiários da uma da tarde, para quem não viu na noite anterior.
Mas levar com a Quinta das Celebridades num serviço noticioso e ainda por cima apresentado pelo Henrique Garcia é dose dupla. Lembre-se, senhor Moniz: cada macaco no seu galho, e não se esqueça também que é preciso ir renovando (do verbo renovar, o m.q. tornar novo - NÃO VELHO!)

Cumprimentos



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terça-feira, setembro 21, 2004

O poder de fogo da Vodka

Vai ser criada uma marca de vodka Kalashnikov. Ou já foi criada! O criador é o mesmo que inventou uma das metralhadoras mais conhecidas em todo o mundo.



Não sei bem qual a estratégia de marketing que vai ser usada, mas espero que venha no seguimento das usadas pela famosa Absolut. Por exemplo:



Mas a minha marca de Vodka preferida é mesmo esta:


Acreditem: deixada no congelador por uns valentes dias, e servidos em pequenos shots, desce pela garganta abaixo como se fosse gelatina entre o estado líquido e o muito pouco sólido. É claro que a seguir ao terceiro copinho (estilo ginja), vão pensar que estão na Rússia, pois ouvem toda a gente a falar russo, mas isso não interessa para nada.

Curiosidade: a vodka não é originária da Rússia, mas sim da Polónia (Wodka, no original!)





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segunda-feira, setembro 20, 2004

Jornalismo mais pobre



O autor desta célebre imagem (um vietcong da guerrilha comunista a ser executado em plena rua de Saigão) morreu. Aos 71 anos. Eddie Adams, fotojornalista da Associated Press, tinha 13 guerras no seu currículo profissional, mas foi na sua casa, em Manhatan, que faleceu. No seu escaparate está também um Prémio Pulitzer.



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sexta-feira, setembro 17, 2004

Uma pica



A CP-USGP (para quem não está por dentro das siglas, USGP quer dizer: Unidade de Suburbanos do Grande Porto), está um espectáculo. Os comboios, como se pode ver pela imagem, são modernos (por incrível que pareça ainda não estão pintados com spray!), confortáveis, têm música ambiente (alguma perfeitamente dispensável), ar condicionado, espaçosos, enfim, algo que já não estava habituado (embora não tenham quarto-de-banho).

Agora têm REVISORAS. É verdade. Esta semana veio uma senhora, para lá dos seus 40, de farda catita, um louro visivelmente oxigenado (mas não se notavam as raízes pretas), de PDA com impressora acopolada debaixo do braço para os bilhetes de última hora, pedir o meu "título de transporte". Isto é que profissionalismo! Fiquei a olhar para a senhora por uns momentos para avaliar o seu desempenho na função e lembrei-me do episódio do dia anterior.

Um homem, exageradamente alcoolizado, ia de pé e numa curva mais acentuada deu com o saco plástico que trazia em uma das mãos na senhora que ia mais próxima de si. O marido, que ia ao lado, não gostou e perguntou se não se podia sentar, visto que havia muitos lugares à sua disposição. O bebâdo, não gostou, e mandou-o, com todas as letras "pró caralho!"

Pugilato puro e duro a três filas de distância de mim. Não podia mudar de lugar porque já ia na cauda do comboio. O revisor (dessa vez era um homem, como geralmente é) deitou água na fervura, o que não evitou que o comboio estivesse parado em Ovar mais do que é normal. Ok, controlada a contenda, siga a rusga. Mas, já se sabe, os bebâdos não se calam e a coisa voltou a azedar e, em Estarreja, o revisor decidiu esperar pela polícia. "Levem-no se faz favor, por perturbar a ordem pública". Realmente, desacatos em comboios daquela categoria não pode haver contemplações.
Ainda por cima, sendo a linha do Norte constituída por apenas duas linhas na maioria do seu percurso, assisti a algo que não é muito normal. O meu atrasado sub-urbano foi ultrapassado, em pleno andamento, por um Alfa "perpendicular", como diz a minha mulher. Uma situação que só tinha experimentado nos arredores de Paris, quando o "internacional" onde eu seguia ultrapassou um "Air-o-Air" (comboio de dois andares, como os que vão para Alverca!). Acreditem, é uma sensação estranha ultrapassar um comboio que segue a mesma direcção que nós.

Dupla conclusão: atraso de 20 mn na hora prevista de chegada e o que eu gostaria de ter visto a senhora revisora a controlar a situação...

Mas fica o agrado de ver um rosto feminino de pica na mão a pedir "o seu título de transporte, por favor". Faltou o "obrigada" no fim, mas deve ter-se sentido constrangida pela forma como observei a sua actuação! Da próxima tento ser mais discreto!



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quarta-feira, setembro 15, 2004

Seth, o deus do caos



Uma família de cinco elementos. Todos irmãos e todos casados uns com os outros. Ísis, Osíris, Set, Niftis e Hórus.

Set era casado com a irmã, Niftis, enquanto Osíris era casado com a, também, irmã, Ísis. Por sua vez, Set e Osíris eram irmãos. Mas Set tinha muitos cíumes do irmão, por este ser o senhor do Egipto. Então arranjou maneira de o matar e, não contente com o serviço, cortou-o em 14 pedaços e espalhou-os pelas 14 províncias do Egipto.
Ísis chorou a morte do marido (ou do irmão, sabe-se lá do que ela tinha mais saudades...) e pediu à deusa Nut para procurar os bocados do Osíris e trazer de volta o seu bem-amado. Nut não conseguiu melhor do que trazer um filho, de seu nome Hórus.

O recém descoberto sobrinho de Set, para vingar a morte cruel do pai, enfrenta o tio, que o consegue matar, não sem antes de lhe ser arrancado um olho.



Ou seja, o míudo ficou sem olho para salvar a população do Egipto. Ainda hoje, o olho de Hórus simboliza a protecção divina.

Resultado: venceram os bons e perderam os maus, ficando a pobre Niftis viúva.
Infelizmente, mesmo para mera demonstração turística, eu fiz o papel de Set. Quem vê o meu quarto diz logo que o caos tem tudo a ver! :)



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terça-feira, setembro 14, 2004

Um objecto de nome impronunciável



Mil e uma histórias para contar sobre esta cidade. Para já fica uma música que andava sempre a assobiar... sabe-se lá porquê:

Ponto de passagem
Cidade internacional
Os espiões vão de viagem
Joga-se o xadrez mundial

Ah, tudo é diferente
...



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